O Alzheimer é caracterizado por um declínio progressivo da função cognitiva, isto é, memória, pensamento, linguagem e capacidade de aprender. A doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta 50 milhões de pessoas no mundo e é mais comum após os 65 anos de idade.
A ciência ainda não encontrou uma cura para o Alzheimer, mas já se sabe que detectar precocemente a doença ajuda a minimizar os sintomas. Portanto, é de grande importância uma recente descoberta que aponta que o cérebro de uma pessoa com Alzheimer apresenta mudanças 34 anos antes dos primeiros sinais.
Publicado no periódico científico Frontiers in Aging Neuroscience, o novo estudo mostrou que mudanças químicas e anatômicas no cérebro de pacientes com Alzheimer ocorrem décadas antes do surgimento dos sintomas.
De acordo com a pesquisa, uma das alterações que ocorrem mais de 30 anos antes dos sintomas são os níveis da proteína Tau, um dos principais indicadores da doença. Outras mudanças, como as que acontece no lobo temporal, surgem cerca de 9 anos antes dos sinais iniciais. Em ambos os casos, exames periódicos já poderiam identificar as alterações.
Para chegar à conclusão, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, revisou registros médicos de 290 pessoas com idade média de 40 anos com histórico de Alzheimer na família.
Foi possível verificar, por meio de exames realizados entre 1995 e 2013, que os pacientes que foram diagnosticados com Alzheimer ao fim dos testes, apresentavam sinais de comprometimento cognitivo até 15 anos antes do início de qualquer sintoma, além de alterações nos níveis altos da proteína Tau e no lobo temporal.
Os cientistas afirmam que a descoberta é importante porque pode abrir portas para criação de melhores exames para diagnosticar o Alzheimer o quanto antes, garantindo ao paciente maior qualidade de vida e possibilidade de conhecer e explorar todas as opções de tratamento para a doença.
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