Apresentador da Globo que se demitiu ao vivo faz desabafo e revela todos os podres de ex-diretor: “Arrogante”

O apresentador e narrador Kaio Cézar, que se demitiu ao vivo no final do Globo Esporte do Ceará, fez um enorme desabafo em uma rede social revelando o que motivou seu pedido de demissão, que chocou todo mundo. Segundo ele, muitas pessoas o assediaram novamente na TV Verdes Mares, afiliada à Rede Globo no estado. Somente uma delas, no entanto, foi citada, o diretor Paulo César Norões.

Em seu desabafo, o jornalista revelou que o superior nunca o aceitou por razão de divergências políticas e de pensamento. Ele ainda relatou situações constrangedoras pela qual já teve que passar no canal, como o dia em que Paulo teria o mandado “tomar no c*. O diretor, de acordo com Kaio, ainda teria trabalhado para barrar sua cobertura da Copa das Confederações em outra emissora do grupo.

O rapaz relatou diversas ocasiões em que o diretor interferiu em seu trabalho na TV Verdes Mares. Ele atribui ao homem a sua saída do rádio e também do Premiere FC, serviço de pay-per-view da Globo para transmissão de jogos de futebol. O diretor ainda teria proferido ofensas a Kaio e sua família, mas negou que o motivo da demissão tenha sido possível envolvimento de sua mulher com o superior, como foi sugerido por algumas pessoas.

Confira abaixo trechos do desabafo do apresentador:

“Pela repercussão do caso e número de mensagens que venho recebendo, ao passo que agradeço todo o apoio, esclareço aqui meu motivos para pedir demissão ao vivo do Sistema Verdes Mares. Sobre qualidade e defeito, um dia me disseram que há cargos cujos profissionais, para ocupá-los, precisam ter os dois, especialmente o segundo. Uma espécie de código real e não oficial, situado nas camadas baixas da honra e envolvido por conceitos tanto arrogantes quanto ultrapassados: ‘diz-me teus defeitos que eu fabricarei tuas qualidades’. Talvez seja tarde, mas hoje digo sob absoluta convicção que o que ouvi não era um pensamento vão, mas realidade comum e incontestável.

Em quase onze anos de empresa – cheguei aos 17 de idade – cometi, lógico, muitos erros. Todos, no entanto, no âmbito profissional, ainda assim julgo ter passado bem, sem qualquer falta grave. Nunca um erro de ordem ética, no sentido de diminuir algum colega enquanto pessoa, por exemplo, ou assediá-lo moralmente. É só ir atrás e você vai ver que mantive minha linha, com retidão. Jamais ofendi a honra pessoal muito menos a família de alguém no meio de uma redação, outro exemplo. Fizeram isso comigo. E fizeram mais.

Darei apenas um nome, uma vez que os outros, de cargos menos elevados, cometeram falhas, acredito, mais por ter a proteção dele do que por maldade, simplesmente. E quanto a esses outros, já tratei dos problemas pessoalmente, então caso resolvido. Mas, quanto ao hoje diretor Paulo César Norões, eu preciso não me calar e encarar qualquer consequência e até retaliação. Me apunhalou por muito tempo.

Arrogante, ele nunca soube lidar com quem pensa diferente, principalmente os que julga inferiores. E eu, por ter raízes, convicções políticas e esportivas, e personalidade extremamente opostas nunca fui respeitosamente aceito por ele. Lembro-me que um dia, no meio de uma reunião do esporte, quando era nosso editor-chefe, mandou-me ‘tomar no …’ por ter discordado dele. Curioso é que pouco antes, quando eu ainda estava na  TV Diário, outra emissora do SVM, ele havia tentado me barrar da cobertura da Copa das Confederações sob a alegação de que eu era ‘tímido demais’, nas palavras do diretor Roberto Moreira, diretor da TV Diário.

Roberto Moreira, aliás, apesar de amigo pessoal do PC, sempre foi muito correto comigo. Foi ele quem me abriu as portas dentro da empresa, me defendeu e me deu grandes oportunidades. Até quando tomou alguma atitude que me prejudicasse, procurou agir com decência e lealdade. Devo a ele gratidão e respeito. Espero que continue sempre assim.



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