Bebê fica paraplégico e com dano cerebral após comer maçã na creche

Neihana Renata estava com a irmã gêmea, Aotea, na creche Little Lights Kindy, na Nova Zelândia, quando sua vida mudou para sempre. O menino tinha apenas 22 meses de vida quando engasgou com um pedaço de maçã oferecido pelo estabelecimento no lanche da tarde. A fruta, cortada em pequenas fatias e sem casca, ficou alojada em sua garganta e ele deixou de respirar. O acidente aconteceu no dia 31 de maio de 2016.

O menino teve uma parada cardíaca por 30 minutos, o que resultou numa severa paralisia cerebral. A criança, que antes adorava correr e brincar, mal consegue se movimentar desde o acidente. “Nós basicamente recebemos a notícia que temos um filho que pode respirar. Ele estava completamente parado, sem movimentos, ele podia abrir os olhos, mas não tinha nada lá. Ele só podia respirar”, desabafou o pai da criança, Wi Renata.

Após o acidente, Neihana passou dois meses internado no hospital. Marama, a mãe da criança, precisou abandonar sua carreira como médica para cuidar integralmente do menino. Ela não culpa os professores da creche pelo  que aconteceu, mas faz um alerta sobre maçãs, consideradas perigosas para crianças pequenas — ela ainda não entende por que a fruta foi entregue ao seu filho de apenas 1 anos de idade. Ela acredita que ainda há muito a ser feito para prevenir que acidentes semelhantes aconteçam novamente.

O Ministério da Saúde da Nova Zelândia cita maçãs cruas como um risco para crianças de até 5 anos de idade. É recomendado que a fruta seja cozida ou ralada para evitar o risco de um engasgo. Um relatório publicado pelo grupo ChildForum chegou à conclusão que, se a maçã não tivesse sido oferecida à criança, o acidente não teria acontecido.

Eles também levantam dúvidas sobre os primeiros socorros prestados pela instituição após Neihana engasgar — os questionamentos foram negados após a conclusão do inquérito: “Investigações revelam que os professores da creche Little Lights responderam de maneira apropriada, usando o treinamento em primeiros socorros para evitar repercussões sérias”.

Após a repercussão da história de Neihana, ficou definido que maçãs e outras frutas e vegetais duros não serão entregues às crianças que têm menos de 3 anos de idade — abre-se uma exceção quando os alimentos estão cozidos, descascados e ralados. As informações são do Daily Mail.



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