Que o óleo de peixe é maravilhoso para a saúde da mulher, muitas pessoas já sabem. Ele pode aumentar a fertilidade feminina, reduzindo a inflamação, equilibrando hormônios e regulando seus ciclos. Além disso, pode ser eficaz no tratamento de condições como síndrome de ovário policístico e endometriose, fatores que podem causar infertilidade.
Agora, cientistas descobriram que tomar suplementos de óleo de peixe durante a gravidez pode proporcionar um crescimento mais saudável em crianças durante os primeiros seis anos de vida.
“Este estudo destaca o fato de que a exposição in útero pode ter um efeito profundo no feto que dura até a infância”, disse a doutora Jennifer Wu, obstetra-ginecologista do Hospital Lenox Hill, em Nova Iorque. E tem mais: os ácidos graxos ômega 3 se mostraram essenciais para o desenvolvimento visual e neurológico do bebê.
“O uso de óleo de peixe na última parte da gravidez tem um impacto na massa óssea e muscular. Embora essas crianças sejam maiores, elas não têm taxas aumentadas de obesidade”, acrescentou Wu.
O óleo de peixe contém principalmente duas substâncias, o EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosa-hexaenôico). Eles são ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa, encontrados em peixes de águas frias e profundas, como anchova, salmão, atum, sardinha e arenque (selvagens).
Nosso corpo não consegue produzir esses ácidos graxos essenciais, mas precisamos deles, já que eles são responsáveis por criar uma camada lipídica em volta das células, contribuindo para o melhor funcionamento de todas as suas funções.
Neste recente estudo, os pesquisadores acompanharam 736 mulheres grávidas na Dinamarca que tomaram óleo de peixe ou suplementos de azeite diariamente da semana 24 da gravidez até uma semana depois do parto.
As crianças foram avaliadas 11 vezes entre o nascimento e a idade de 6 anos. Aqueles cujas mães tomaram os suplementos de óleo de peixe durante a gravidez sustentaram um maior índice de massa corporal (IMC) a partir da idade de 1 a 6 anos.
No entanto, o maior IMC não foi devido a uma maior porcentagem de gordura, mas sim a maiores porcentagens de massa muscular magra e massa óssea, descobriram os pesquisadores.
Aos 6 anos, as crianças cujas mães tomaram suplementos de óleo de peixe durante a gravidez tiveram massa total de 395 gramas, 281 gramas mais massa magra e 10 gramas mais conteúdo mineral ósseo do que crianças cujas mães não tomaram óleo de peixe durante a gravidez, mostraram os resultados.
“A composição corporal aos 6 anos de idade em crianças que receberam suplementação de óleo de peixe foi caracterizada por um aumento proporcional na massa magra, óssea e gordurosa, sugerindo um efeito estimulante do crescimento geral”, afirmam os pesquisadores da Universidade de Copenhague.
A doutora Jill Rabin, cochefe da divisão de atendimento ambulatorial, Programas de Saúde da Mulher – Serviços PCAP da Northwell Health, em New Hyde Park, Nova Iorque, defende a importância do estudo: “Na gravidez e além, a ingestão adequada de peixe é importante para o desenvolvimento humano normal e este artigo certamente acrescenta dados à literatura “.
Mas ela faz algumas ressalvas sobre os resultados. A população estudada era relativamente homogênea, e “os achados [de massa corporal] não foram o objeto do estudo (asma em crianças foi o objetivo primário), o crescimento foi um achado secundário”, explicou Rabin. “Certamente, no entanto, este artigo sólido acrescenta à literatura e abre o caminho para pesquisas adicionais sobre este tópico interessante.”
Sardinha – não a enlatada por causa do excesso de sódio – é uma excelente forma de se nutrir com óleo de peixe. Além de suplementos vendidos em farmácias e lojas de produtos naturais. No caso de suplementos, procure saber se o fabricante teve o cuidado de buscar uma fonte não contaminada por mercúrio, pois este metal pesado é um poluente muito encontrado nos peixes (especialmente atum e cavala).
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