Algumas pessoas escolhem lugares bem estranhos para viverem suas vidas durante longos anos.
Pode ser uma casa abandonada, ou até mesmo uma caverna na mata, longe de tudo e de todo mundo, como algumas pessoas já optaram por viver.
Com o crescimento urbano e o preço dos imóveis e aluguéis cada vez mais altos, não sobram muitas alternativas para quem possui poucos recursos financeiros.
Maria Garcia e seu marido Miguel Restrepo são um exemplo fiel desses tipos de pessoas que encontraram poucas oportunidades na vida.
Quem vive à margem da sociedade enfrenta inúmeros desafios para sobreviver em um mundo capitalista, onde as drogas, muitas vezes, são o refúgio para muitas pessoas que não conseguem prosperar na vida, como Maria e Miguel.
Os dois se conheceram na Colômbia e viviam na rua onde usavam drogas para matar a fome que sentiam por não terem o que comer.
Foi quando o casal decidiu superar o vício vivendo afastados de outras pessoas, tendo como companhia apenas o cachorro dos dois.
O inusitado nessa história é o local que o casal escolheu para viver, um poço de esgoto na Colômbia que é o lar do casal há mais de vinte anos.
O país é um local bastante perigoso, onde existem altos índices de morte e violência urbana.
O casal vive apertadinho em um bueiro onde tem até energia elétrica. Mal cabem os dois e seu cachorro, eles dormem apertados, mas consideram-se seguros diante de tanta violência em seu país.
Maria e Miguel não possuem parentes, os dois só tem um ao outro nesta vida difícil e por isso eles não tem nenhum lugar mais seguro para viverem.
Além disso, falta dinheiro para os dois que ainda não são aposentados e vivem do que encontram na rua e levam para sua casa no esgoto.
O espaço é tão pequeno que os dois não conseguem ficar em pé dentro do local. Apenas uma cama e um amontoado de objetos cabem ali.
Com direito a um enfeite de natal que está em pé no canto do cômodo ao lado de um ventilador.
Embora pareça estranho, o casal disse que vive feliz dentro do bueiro, longe dos entorpecente e da violência que poderiam atingir qualquer um deles se não tivessem um lugar seguro para viverem