Recentemente, Susana Vieira revelou a todos uma notícia triste: ela é portadora de leucemia, mais especificamente, a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC). Nessa terça-feira (27), a atriz esteve no programa “Bem Estar” para falar sobre como tem sido a convivência com a doença.
“Menina, eu não sabia o que era mais pesado, a leucemia, o linfocítico ou o crônico”, disse ela sobre o susto ao ouvir o diagnóstico. Leucemia é o câncer que acomete o sangue, incluindo a medula óssea. Há diversos tipos de leucemia e, no caso da Linfocítica Crônica, não há cura, apenas tratamento.
“Não tem cura. Vou viver a vida inteira com essa espada na cabeça? Sim”. A boa notícia é que esse tipo de leucemia é considerada uma das mais brandas, pois atinge as células antigas do corpo. O que adoece são os linfócitos B, glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. A LLC ocasiona a multiplicação desenfreada de glóbulos brancos enfraquecidos, que não conseguem defender o corpo e que prejudicam a produção de hemácias (glóbulos vermelhos).
Susana explicou que pode levar uma vida normal, mas sem excessos. A quimioterapia é aplicada somente quando a imunidade está baixa. Susana, por exemplo, não iniciou o tratamento logo após o diagnóstico e continuou trabalhando na época. “O trabalho para mim foi uma salvação”, disse a atriz, se referindo ao fato de que o psicológico dela foi beneficiado pela rotina agitada.
Tempos depois, a imunidade da atriz baixou drasticamente por conta de uma gripe somada a uma viagem a Miami, onde seu filho mora. “Quando eu entrei no avião, eu tava sem ar nenhum. Com muita dor no peito, no pulmão. Cheguei aqui e não conseguia subir a escada da minha casa. Sem ar, sem respiração e sem poder andar”. Era embolia pulmonar e ela também estava anêmica.
A LLC fez com que seu corpo parasse de produzir hemácias e a atriz foi internada na CTI por dez dias, fazendo quimioterapia. “Aí foi o momento de achar que eu podia morrer”.
Esse susto aconteceu no final de 2017 e Susana contou que seu organismo reagiu surpreendentemente bem ao tratamento. “Eu comecei a fabricar hemácias inacreditavelmente. Os médicos não acreditavam. Que força é essa de querer viver, entendeu?”. Depois disso ela foi para casa, mas teve que ter o cuidado de desinfetar tudo e também de fazer exames de sangue diários por um tempo. Hoje, a atriz realiza esse exame uma vez por mês.
Ao final da entrevista, Susana falou sobre o quanto essa doença é recorrente. “Essa doença é muito mais comum do que a gente imagina. Existem muitas mulheres que são portadoras do LLC e que elas não falam, pois acham melhor. Porque ela é diferente de uma leucemia grave, de uma leucemia que te ataca. E na minha idade já não dá mais para fazer transplante”, alertou.