Passar noites sem dormir aumenta risco de diabetes e esteatose hepática

Dormir durante sete ou oito horas seguidas é necessário, gostoso e revitalizante.

Mas na verdade é muito mais do que isso: segundo especialistas, é essencial para garantir um bom funcionamento do organismo.

Isso porque os efeitos da falta de sono podem ser desastrosos, causando cansaço, estresse e até depressão.

Além de alterar também nossas respostas emocionais, capacidade de aprendizado e habilidade de tomar boas decisões.

E tem mais: perder uma noite de sono pode afetar a capacidade do fígado de produzir glicose e processar insulina, revela nova pesquisa realizada pela Universidade de Toho, no Japão.

Isso aumenta o risco de doenças metabólicas como a esteatose hepática, conhecida popularmente como fígado gordo e caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, e diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo.

A pessoa com diabetes tipo 2 pode ter uma resistência aos efeitos da insulina – hormônio que regula a entrada de açúcar nas células – ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal.

Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.

Os pesquisadores estudaram dois grupos de camundongos: Um grupo foi mantido acordado por seis horas a cada noite (“privação do sono”), enquanto o grupo controle foi autorizado a dormir como desejado.

A equipe ofereceu alimentos com alto teor de gordura e água com açúcar – imitando as escolhas alimentares relacionadas ao estilo de vida que as pessoas fazem – para ambos os grupos antes do estudo.

Durante o período de sono/vigília, os animais tiveram oportunidades limitadas de atividade física.

A intenção era investigar se a intolerância à glicose teria mesmo relação com a privação do sono.

Os cientistas explicaram: “Não ficou claro se a intolerância à glicose foi devido às mudanças na ingestão de alimentos ou gasto de energia ou à própria privação do sono”.

Foram medidos os níveis de glicose e teor de gordura do fígado dos camundongos imediatamente após o período de teste.

Os níveis de glicose no sangue foram significativamente maiores no grupo de privação de sono do que os controles, após uma sessão de seis horas de vigília.

Os níveis de triglicérides (gordura) e a produção de glicose no fígado também aumentaram no grupo de privação de sono após um único período de privação do sono.

Os triglicerídeos hepáticos elevados estão associados à resistência à insulina ou à incapacidade do organismo de processar adequadamente a insulina.

Além disso, a falta de sono mudou a expressão de enzimas que regulam o metabolismo do fígado no grupo de privação de sono.

Essas descobertas sugerem que “estudos de intervenção destinados a prevenir a esteatose hepática induzida pela privação de sono e a resistência à insulina devem ser realizados no futuro”, escreveram os pesquisadores.

As descobertas do estudo foram publicadas no American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism.

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