A ciência confirma o que muitos já desconfiavam: a maconha pode provocar alterações no desempenho de diversas funções cerebrais, como atenção, concentração, memória, sentimentos, coordenação motora e capacidade intelectual. Mas o bom é que o dano pode ser desfeito rapidamente: se a pessoa parar de fumar agora, vai perceber uma enorme melhora na memória dentro de um mês, revela um estudo.
A descoberta sugere que a droga, que agora é legal no Canadá e em vários estados americanos, realmente prejudica o cérebro.
O estudo, publicado no Journal of Clinical Psychiatry, é um dos primeiros a rastrear prospectivamente as mudanças nas funções cognitivas associadas à interrupção do uso de cannabis.
A pesquisa envolveu 88 adultos e adolescentes com idade entre 16 e 25 anos que fumavam maconha pelo menos uma vez por semana.
O compromisso deles para participar do estudo era reduzir o uso ou parar totalmente.
Dentro de uma semana, aqueles que não haviam fumado se saíram muito melhor em testes de memória e melhoraram ainda mais depois de um mês.
Os testes mentais apontaram que a memória – especificamente a capacidade de aprender e recordar novas informações – melhorou apenas entre aqueles que pararam de usar cannabis.
Isso ocorreu em grande parte durante a primeira semana.
Um mês de abstinência de maconha não foi associado a melhoras na atenção, e nenhum aspecto do funcionamento cognitivo melhorou entre aqueles que continuaram o uso da maconha.
Isso aumenta a evidência de que os químicos psicoativos da droga reduzem o QI dos jovens, danificando o cérebro.
O psicólogo clínico dr. Randi Schuster, principal autor do estudo, declarou: “A capacidade de aprender ou mapear novas informações, que é uma faceta crítica do sucesso na sala de aula, melhora muito quando o jovem para de fazer uso da cannabis”.
“Podemos dizer com segurança que essas descobertas sugerem fortemente que a abstinência de maconha ajuda os jovens
O dr. Schuster não tem dúvida da ação negativa da maconha na memória: “Nossas descobertas fornecem duas evidências convincentes. A primeira é que os adolescentes aprendem melhor quando não estão usando cannabis. A segunda é que pelo menos alguns dos deficits associados ao uso de maconha não são permanentes e, na verdade, melhoram muito rapidamente depois que o consumo acaba.”
Para você entender melhor: A maconha é feita a partir da planta de cannabis e contém mais de 400 produtos químicos diferentes, o que poderia ter uma série de efeitos sobre a mente e o corpo.
Inclui produtos químicos psicoativos que atuam no cérebro.
O elemento principal é uma substância química chamada tetrahidrocanabinol (THC).
Ele proporciona a sensação de relaxamento, mas também tem sido associado ao comprometimento da memória.
A ação da maconha é pior entre os adolescentes.
E há uma explicação: o cérebro de um adolescente muda em uma escala dramática – até o QI não parece ser estável.
Em termos de tamanho, o cérebro é praticamente definido aos sete anos de idade.
Mas, durante a adolescência, o cérebro retira impiedosamente as conexões entre as células cerebrais, as sinapses, da matéria cinzenta.
Por isso, durante esse período, quando a estrutura e a função do cérebro estão mudando, o órgão pode estar mais suscetível à cannabis do que um cérebro adulto, que é relativamente estável.
Os principais efeitos colaterais do uso crônico da maconha incluem:
– Dificuldades de aprendizado e memória
– Apatia
– Perda da motivação e da produtividade
– Dor de cabeça
– Irritabilidade
– diminuição da coordenação motora
– Alteração da capacidade visual
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