Quem é diabético e depende das injeções de insulina vai gostar de saber que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização da insulina inalável no Brasil.
A nova tecnologia, batizada de Afrezza, pode substituir parte das injeções diárias de insulina. Elas oferecem melhor qualidade de vida aos diabéticos que são dependentes das picadas de agulhas. Pacientes com diabetes tipo 1 precisam de cinco injeções de insulina por dia. Já os pacientes com diabetes tipo 2 recorrem a injeção de insulina apenas quando há necessidade.
O que é a insulina de inalar? O medicamento é comercializado em cartuchos para serem acoplados em um inalador, parecido com os de bombinhas de ar usadas por asmáticos. O meio de entrada da insulina, que vem em pó, são os alvéolos pulmonares, e seguidamente vai para a corrente sanguínea.
Uma das maiores vantagens do Afrezza é que o efeito máximo da insulina é alcançado de 12 a 15 minutos, já a insulina injetável demora de 30 a 40 minutos. Ele já é comercializado nos Estados Unidos desde 2015 e deve chegar nas prateleiras brasileiras até o quarto trimestre de 2019.
Quem pode usar: Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 podem se beneficiar ao usar a insulina inalável. Pacientes do tipo 1 são obrigados a tomar injeções de insulina bolus antes de cada refeição, além de duas doses diárias de insulina basal. Assim, resultam em média cinco injeções diárias. Com o uso da insulina inalável, o diabético tipo 1 pode substituir as injeções de insulina bolus, se livrando em média de três injeções diárias.
Já os pacientes de diabetes tipo 2 não são tão dependentes de insulina. Eles a usam somente quando o necessário, mas a versão inalável facilitará suas vidas também.
Pessoas com problemas pulmonares e menores de 18 anos não são indicadas para fazer uso do Afrezza. Mas antes de recorrer ao produto e abandonar as injeções, o médico que acompanha o paciente deve ser consultado.
Contraindicações: A principal contraindicação da insulina inalável é para pacientes que possuem problemas pulmonares, pois o remédio é absorvido pelo pulmão e pode causar crises de asma, por exemplo. Além disso, nessas pessoas a absorção pode não ocorrer adequadamente. Então pacientes acometidos com asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), fibrose pulmonar e fumantes, não podem utilizar a nova tecnologia.
Pacientes diabéticos menores de 18 anos também não são indicados para o uso. Não foram realizados estudos clínicos para essa faixa etária. Outra limitação do Afrezza são as suas doses. Isso porque elas chegaram ao mercado em três opções: 4, 8 ou 12 doses. A insulina injetável convencional é oferecida em doses únicas. Assim, facilita a vida do diabético, já que o número de doses necessárias muda de acordo com a refeição.
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